tag:blogger.com,1999:blog-329686542024-03-08T15:47:16.142-03:00inter-lingua-gemTroca de informações sobre língua(s) e linguagem, com preferência por questões interlingüísticas no sentido mais amplo: temas estudados em português e em outras línguas, a "variação" funcional das frases e os preconceitos tradicionais a respeito, Português Língua Estrangeira, esperanto, visões da língua em seus discursos reais.alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-39709469715483671142016-08-17T19:18:00.003-03:002016-08-29T16:31:49.573-03:00L.P. Frase - Programa da disciplina e arquivo sobre terminologia principalmente tradicional de análise sintáticaEntrem nos vínculos (maneira portuguesa de dizer "links"), baixem, imprimam, levem para a aula na quinta-feira 31/08.<br />
<br />
1. Programa de LPFr<br />
<a href="http://www.cursodeletras.ufc.br/DEPTO.%20DE%20LETRAS%20VERNACULAS/Lingua%20Portuguesa%20Frase.pdf">http://www.cursodeletras.ufc.br/DEPTO.%20DE%20LETRAS%20VERNACULAS/Lingua%20Portuguesa%20Frase.pdf</a><br />
<br />
Para obter qualquer programa, entre em: www.cursodeletras.ufc.br clicar em Programas de Disciplinas, escolher departamento e disciplina (De Letras Vernáculas, Língua Portuguesa: Frase) e baixar o arquivo PDF.<br />
<br />
2. Arquivo com a terminologia de análise sintática tradicional e de outras abordagens<br />
<a href="https://drive.google.com/file/d/0B_Ykmipj8XqIeHFRSVpsMWgyWkk/view?usp=sharing">https://drive.google.com/file/d/0B_Ykmipj8XqIeHFRSVpsMWgyWkk/view?usp=sharing</a><br />
<br />alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-26137526580066063652015-06-22T12:34:00.003-03:002015-06-22T12:37:37.872-03:002015-1 LPFrase - Complementação de exercício-testeComo combinamos em classe, as questões devem ser resolvidas ou preparadas em classe, para entrega e discussão na próxima aula.<br />
<br />
• Retome a frase que se inicia com "O Presidente Lula". Tente verificar todas as conexões entre todas as unidades, sejam unidades lexicais (adjetivo, artigo...) ou de classes sintagmáticas (sintagma adjetival, orações...), verificando como se classificam quanto às classes estruturais ou às funções sintáticas (Sujeito, Adjunto Adnominal...).<br />
<br />
• Ao contrário do que acontece com os exemplos típicos de gramáticas tradicionais, artificiais ou com recortes preparados para confirmarem o ensinamento do autor, textos reais contém frases nominais não construídas em torno de verbos em forma finita; unidades omitidas por faltarem as informações correspondentes ("indeterminadas"); casas preenchidas mas sem informação referencial direta, que só pode ser recuperada em outra parte do texto e unidades que só se completam em outra frase (frases de situação).<br />
Mostre como isso acontece no texto e discuta classificações possíveis para tais unidades.<br />
<br />
TEXTO<br />
Época – Onde seus filhos estudam?<br />
Haddad – Em duas escolas particulares de Brasília.<br />
Época – Por que não em públicas?<br />
Haddad – Nos afastamos dessa perspectiva. Eu nunca estudei em escola pública, só na universidade. Quem sabe meus netos estudem? O Presidente Lula sempre faz essa pergunta aos prefeitos, logo depois de ouvir que as escolas estão indo bem. É a prova dos nove. Mas eu me animei com os últimos resultados da Prova Brasil. Nós temos escolas com nível de excelência. Tenho esperança de que em breve o Brasil vai conseguir se reeducar.<br />
Época – A tempo de sua filha de 7 anos se formar na rede pública?<br />
Haddad – Quem sabe? Espero que sim.<br />
(ÉPOCA, 30 de abril de 2007, n. 467, p. 42-43)alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-31645368072916832552015-03-16T11:37:00.000-03:002015-03-16T11:46:52.876-03:002015.1 LPFrase Texto em análise : Igual papaiDiscutimos em classe, introdutoriamente, a análise possível para a frase:<br />
<br />
"Normalmente ele reclama, mas dessa vez disse o seu costumeiro “tá ceto” e foi brincar sozinho".<br />
<br />
Vamos analisar agora, em vez do trecho de Machado de Assis, esse de Felipe Holder. Abaixo está o trecho que serve para nossa análise inicialmente, depois um vínculo para a crônica na Internet, e, ao lado, tudo e Pdf para quem quiser imprimir todo. Tragam sexta-feira, por tanto, pelo menos o trecho abaixo.<br />
<br />
<br />
IGUAL PAPAI! Felipe Holder<br />
<br />
Não gosto muito desse negócio de dia certo pra presentear. Não tenho nada contra dar presentes de aniversário, de Dia das Mães, de Dia dos Namorados, de Natal, enfim, nada contra dar presentes com data marcada. Mas pra mim os melhores presentes, aqueles que a gente nunca vai esquecer, normalmente são os que são dados sem um motivo especial. Às vezes até mesmo sem querer.<br />
Quarta-feira, dia 5 de agosto. Noite quente em Montreal e eu assistindo ao jogo Náutico x Corinthians na telinha do meu computador. Meu filho Eduardo tinha me chamado pra montar com ele um de seus inúmeros quebra-cabeças, mas eu respondi “Papai agora vai ver o jogo do Náutico. Tá certo?” Normalmente ele reclama, mas dessa vez ele disse o seu costumeiro “tá ceto” e foi brincar sozinho.<br />
Jogo nervoso, Corinthians perigoso, papai preocupado. O Náutico perde um gol incrível. Vai acontecer de novo: joga bem mas não consegue ganhar. Melhor perder logo de uma vez, pelo menos a gente não fica nervoso. 40 do primeiro tempo, pênalti para o Náutico. Papai grita “pênalti!”, Eduardo olha pro lado mas continua a montar o seu quebra-cabeça. A cabeça de papai quase quebrando de tensão: “Não perde, Gilmar, não perde esse pênalti!” E ele não perdeu. Papai gritou:<br />
— Gooooooool do Náutico! Gooooooool!<br />
<br />
Pdf da crônica toda, que pode ser impresso:<br />
https://drive.google.com/file/d/0B_Ykmipj8XqIVTJxUGNsY1ZWRHM/view?usp=sharing<br />
<br />
http://www.cronicadodia.com.br/2009/08/igual-papai.html<br />
<br />alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-89697979049559873602015-03-12T12:41:00.003-03:002015-03-12T12:41:44.872-03:002015-1 História da Língua Portuguesa, livro disponível<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background: rgb(238, 238, 238); color: #555555; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14.2560005187988px; font-stretch: normal; margin: 0px 0px 10px; padding: 2px 0px 2px 2px;">
<br /></h3>
<div class="post-header" style="background-color: white; font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12.960000038147px;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-3414941518568246115" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 12.960000038147px; margin: 0px 6px 0px 5px;">
A obra de Paul Teyssier História da Língua Portuguesa pode ser baixada de:<br /><br />http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/158086/mod_resource/content/1/TEYSSIER_%20HistoriaDaLinguaPortuguesa.pdf<br /><br />alber<br />8945-1812, 9627-3634</div>
alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-28132523516603476342014-12-02T19:40:00.001-03:002015-03-12T12:36:02.428-03:002015.1 LPFrase - Revisão do ensino tradicionalMenin@s, lembro-lhes da necessidade de (re)aprender o que consta nas gramáticas tradicionais sobre FRASE e SINTAXE, inclusive em seções que tratam de concordância, colocação, regência e classes de palavras. Para a análise sintática, devem estudar por Aprenda análise sintática, de Márcia Angélica dos Santos.<br />
Também baixem (procurem ao lado) e imprimam, para trazer por perto sempre, tabela minha com abreviaturas e termos de sintaxe.<br />
<br />
Alber, 12 de março de 2015<br />
Telefones (85) 8945-1812, 9627-3634.<br />
e-m: uapalavra@gmail.com<br />
Fcb: Alber Uchoa (mensagem)<br />
<br />
<br />alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-80446637208492914092014-08-04T11:57:00.002-03:002014-08-04T11:57:15.365-03:00p h r a s e - i n ... Bate-papo sobre frases, sobre sintaxe e gramática.Bem experimental e incipientemente, tentamos ter aqui na página uma porta para entrar no "jardim", de fato um ambiente de bate-papo, sobre frases. O ambiente deverá chamar-se phrase-in, lembrando o verbo grego "phrasein".<br />
Para entrar, clique abaixo.<br />
<a href="https://www.chatbutton.com/chatroom/18353424/" id="chatroom-url" style="font-family: sans-serif; font-size: 20px; font-weight: bold;" target="_blank">https://www.chatbutton.com/chatroom/18353424/</a>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-35032750940966122632014-08-04T11:49:00.000-03:002014-08-04T11:49:06.274-03:002014-2 LPFrase - Texto Noite de Almirante, de Machado de AssisComo foi pedido em classe, baixe e imprima o texto abaixo.<br />
Tente delimitar (onde começa, onde termina) cada frase do trecho copiado abaixo, inclusive a que constitui o título do conto. Depois, faça o seguinte:<br />
a. classifique as frases, ainda pelo que você considera igual ou diferente em cada uma;<br />
b. analise períodos e orações, quando a frase é período, quer dizer, construída em torno de um verbo conjugado.<br />
c. anote as dúvidas que ocorrem e comente outras coisa que chamem sua atenção.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
NOITE DE ALMIRANTE</div>
<div style="text-align: justify;">
Deolindo Venta-Grande (era uma alcunha de bordo) saiu do arsenal de marinha e</div>
<div style="text-align: justify;">
enfiou pela rua de Bragança. Batiam três horas da tarde. Era a fina flor dos marujos e, de</div>
<div style="text-align: justify;">
mais, levava um grande ar de felicidade nos olhos. A corveta dele voltou de uma longa</div>
<div style="text-align: justify;">
viagem de instrução, e Deolindo veio à terra tão depressa alcançou licença. Os</div>
<div style="text-align: justify;">
companheiros disseram-lhe, rindo:</div>
<div style="text-align: justify;">
— Ah! Venta-Grande! Que noite de almirante vai você passar! ceia, viola e os</div>
<div style="text-align: justify;">
braços de Genoveva. Colozinho de Genoveva...</div>
<div style="text-align: justify;">
Deolindo sorriu. Era assim mesmo, uma noite de almirante, como eles dizem, uma</div>
<div style="text-align: justify;">
dessas grandes noites de almirante que o esperava em terra. Começara a paixão três meses</div>
<div style="text-align: justify;">
antes de sair a corveta. Chamava-se Genoveva, caboclinha de vinte anos, esperta, olho</div>
<div style="text-align: justify;">
negro e atrevido. Encontraram-se em casa de terceiro e ficaram morrendo um pelo outro, a</div>
<div style="text-align: justify;">
tal ponto que estiveram prestes a dar uma cabeçada, ele deixaria o serviço e ela o</div>
<div style="text-align: justify;">
acompanharia para a vila mais recôndita do interior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
É interessante ler o conto todo, que pode até ser baixado do endereço abaixo:</div>
<a href="http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000208.pdf">http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000208.pdf</a><br />
<br />alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-76333275246911326492013-04-23T19:28:00.000-03:002014-02-20T09:23:01.775-03:00Análise sintática para LPFrase em 2014-1, módulo 2Tente analisar as frases do trecho de Uns braços, de Machado de Assis que está transcrito abaixo. Começe da primeira linha, tentando classificar cada unidade. Por exemplo, em "chegava a casa", teríamos:<br />
1. certo tipo de período, contendo duas orações, que devem ser classificadas;<br />
2. na primeira oração, um Su e um Pd (classifique-os);<br />
3. no predicado, um núcleo, "chegava", que é verbo _ _ _ _ _ _... e o sintagma "a casa" (qual é sua função sintática com relação ao verbo?);<br />
4. "a" e "casa" também são unidades sintáticas; quais seriam as classficações tradicionais para elas?<br />
Continue com a segunda oração do período e, depois, vá além até onde puder.<br />
Anote suas dúvidas! Prepare-se, com suas anotações, para relatar a experiência de tentar essa análise.<br />
<br />
Utilize as abreviaturas sugeridas no quadro sobre terminologia de sintaxe que você pode baixado e impresso deste endereço.<br />
<a href="https://docs.google.com/document/d/1roS8uGSC7TJ-ONWIrFFYSPgRjm05THJFetdaNNsmvRg/edit?usp=sharing" id="yui_3_7_2_1_1366756713668_3111" rel="nofollow" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px;" target="_blank"><span style="color: #674ea7;">https://docs.google.com/document/d/1roS8uGSC7TJ-ONWIrFFYSPgRjm05THJFetdaNNsmvRg/edit?usp=sharing</span></a><br />
<br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; text-align: justify;">Chegava a casa e não se ia embora. Os braços de D. Severina fechavam-lhe um parêntesis no meio do longo e fastidioso período da vida que levava, e essa oração intercalada trazia uma idéia original e profunda, inventada pelo céu unicamente para ele. Deixava-se estar e ia andando. Afinal, porém, teve de sair, e para nunca mais; eis aqui como e porquê.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">D. Severina tratava-o desde alguns dias com benignidade. A rudeza da voz parecia acabada, e havia mais do que brandura, havia desvelo e carinho. Um dia recomendava-lhe que não apanhasse ar, outro que não bebesse água fria depois do café quente, conselhos, lembranças, cuidados de amiga e mãe, que lhe lançaram na alma ainda maior inquietação e confusão. Inácio chegou ao extremo de confiança de rir um dia à mesa, cousa que jamais fizera; e o solicitador não o tratou mal dessa vez, porque era ele que contava um caso engraçado, e ninguém pune a outro pelo aplauso que recebe. Foi então que D. Severina viu que a boca do mocinho, graciosa estando calada, não o era menos quando ria.</span></div>
<br />
Recomendamos também que leia o conto todo em:<br />
<a href="https://docs.google.com/document/d/1pGy-29vPEgm8X9cC0I7Ythqbh2rqRkP3Kbk3rKrx9t0/edit?usp=sharing"><span style="color: #674ea7;">https://docs.google.com/document/d/1pGy-29vPEgm8X9cC0I7Ythqbh2rqRkP3Kbk3rKrx9t0/edit?usp=sharing</span></a><br />
<br />alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-8199298008980590192012-04-12T17:14:00.002-03:002012-04-12T17:24:38.792-03:00Tarefa para alunos de História da Língua Portuguesa no 2012-1<span >Construa, em conjunto de 3, 2 ou 1 aluno(s) um quadro com:</span><div><ul><li><span >datas;</span></li><li><span >acontecimentos importantes na história interna do latim, do português, dos crioulos, de pelo menos mais uma língua (a ser comparada com o português);</span></li><li><span >acontecimentos históricos que podem ser importantes para os de história interna (políticos, por exemplo).</span></li></ul><div><span >Indique, abreviadamente no quadro e por inteiro abaixo do quadro, as fontes do que você informa.</span></div><div><span >Os nomes completos dos participantes deve estar no início do trabalho (cabeçalho), um abaixo do outro, em ordem alfabética.</span></div><div><span >O trabalho pode ser anexado ou colado em mensagem e não precisa de capa.</span></div><div><span >2012-04-12</span></div><div><span ><br /></span></div><div><span >alber <uapalavra@gmail.com> 8752-0722 ou 9627-3634</uapalavra@gmail.com></span></div><div><span ><br /></span></div></div>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-20748413434454288562011-12-23T10:17:00.004-03:002011-12-23T10:22:55.032-03:00* natal<span class="Apple-style-span" ><b>vivam</b></span><div><span class="Apple-style-span" ><b>os reis</b></span><div><span class="Apple-style-span" ><b>que olham estrelas</b></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><b>chegam perto de jumentinhos e vaquinhas</b></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><b>e crianças sem leito</b></span></div></div>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-28722287035109682942009-11-30T18:06:00.002-03:002009-11-30T18:15:11.740-03:00Português para Estrangeiros: INSTRUMENTAL?Publico pergunta e resposta a aluna nossa de TPLE, sobre PORTUGUÊS INSTRUMENTAL. De fato desvio-me bastante, tangencio.<br /><br />2009/11/28 lisieux bevilaqua <span dir="ltr"><fenix_girl@hotmail.com></span><br /> <b><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;color:#1f497d;" >Professor Alber, aqui é Lisieux Beviláqua, sua aluna de Tópicos do Português como Língua Estrangeira. Andei pesquisando pela internet o que seria interessante para o assunto Português Instrumental e consegui o material abaixo. Você poderia comentar na aula de quinta-feira (dia 03/11) sobre ele ? </span></b> <u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; font-family: "Times New Roman","serif";"><br /><br />Português Instrumental</span></u><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; font-family: "Times New Roman","serif";"></span></u><div> <p style="text-align: justify;"><span> <span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" > </span></span><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" ><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";">Esta é uma ferramenta que ajuda o estudante estrangeiro a compreender e a dominar o idioma, colocando ordem nas relações entre quem escreve e quem lê, facilitando a compreensão mais rápida. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" ><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";"><span> </span>Primeiramente, são apresentados aspectos referentes à <b>Comunicação</b> (<i>Fonte/ Emissor, Mensagem/Recebedor, Destino, Canal, Ruído, Redundância, Linguagem/Língua/Fala, Diferença entre Língua Falada e Língua Escrita, Textos que exemplificam os níveis de língua, Denotação e Conotação, <span> </span>Variações da palavra no contexto, Homonímia / Polissemia/Palavras semelhantes na grafia e na pronúncia - Parônimos</i>), ao <b>Estilo</b> (<i>Comparando textos: Bula farmacêutica, Receita culinária, Poesia, Crônica literária, <span> </span>Notícias : Esportiva, Policial, Política, Carta Comercial, etc., Estilo com relação ao contexto, Estilo literário e não literário, Qualidades do Estilo/ Harmonia/ Clareza/Concisão</i>), à <span> </span><b>Frase</b> (<i>Estrutura e Conceito de frase, Oração, Tipos de frase, Tipos de Classificação Frasal</i>), ao <b>Parágrafo</b>(<i>Apresentação, Divisão, Exercícios)<b> </b>e ao <b>Discurso</b> (Discurso direto, Discurso indireto, Discurso indireto livre ou semi-indireto, Textos com diferentes discursos</i>), fornecendo ao estudante um completo embasamento teórico-prático para a comunicação escrita. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" ><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";"><span> </span><span> </span>Apresentar o Português Técnico e Profissionalizante: <i>abaixo-assinado, ata, atestado, atos administrativos, carta comercial e oficial, circular, contrato, curriculum vitae, declaração, memorando, monografia, ofício, procuração, relatório, requerimento, etc</i>.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" ><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";"><span> </span>Abordar tópicos gramaticais, que esclareçam dúvidas comuns da Língua Portuguesa : <span> </span>São expostos estudos sobre <b>Fonologia</b> (<i>Letra/Fonema, Vogais/Consoantes/ Semivogais, Encontros Vocálicos/Consonantais, Dígrafos/Dífonos, Separação de sílabas</i>), <b>Notações Léxicas</b> <span> </span>(<i>acentuação, crase, ortografia, pontuação, hífen, concordância, regência, verbos, uso dos "porquês", estrangeirismos, abreviações, etc</i>.) e <b>As dificuldades mais freqüentes da língua</b> ( <i>A fim ou afim, ao encontro ou de encontro a, entre eu e tu ou entre mim e ti, enfim ou em fim, haver ou ter, etc.</i>).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" ><span> </span></span><span style="font-size: 12pt;font-family:Times New Roman;font-size:100%;" >Dar destaque à Redação e seus ângulos: <i>descrição, narração e dissertação</i>.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman","serif";"><b><span style="color:#1f497d;"> Obrigada pela atenção.</span></b></span></p></div> Bom, Lisieux, isso é uma espécie de curso de tudo de língua portuguesa...<br /><br />Em vez de ser um curso comum de língua, com as coisas sendo aprendidas lentamente comunicação, ou um curso com os conhecimentos apresentados durante muito tempo, o aluno veria essas coisas meio teóricas e se valeria dos conhecimentos para adivinhar o que há nos textos em português.<br /><br />Eu diria que os instrumentais são desinados a prover os alunos de conhecimentos que facilitem descobrir da melhor maneira possível os sentidos, sem terem frequentado os cursos comuns, e que não estão podendo frequentar. Sou suspeito para falar do assunto, porque sempre tive preconceito contra isso. Acho inglês instrumental um curso "desidratado", privado de história e cultura, de situação comunicativa, de fonologia...<br /><br />Ocorreu-me naquela última aula que os cursos "instrumentais" deveriam levar mais em conta as línguas nativas ou conhecidas dos alunos.<br /><br />Pensemos nas distâncias entre essas línguas e o português:<br />- espanhol - italiano - francês (neolatinas, como a nossa);<br />- inglês (germânica neolatinizada, onipresente em lojas, produtos...);<br />- alemão, holandês, dinamarquês, sueco (não-latina, mas indoeuropéias, com muitas palavras de uso internacional);<br />- russo, polonês, tcheco (ainda indoeuropéas, mas pouco conhecidas entre nós).<br />Agora pense em línguas não-indo-européias como:<br />- árabe, hebráico, que, de certa forma, como todas as acima, são FLEXIVAS<br />Pense, finalmente, em línguas não-indoeuropéias, com menos possibilidade de conterem palavras de uso internacional, e não flexivas...<br /><br />O japonês, por exemplo, tem estrutura muito diferente. Parte dos adjetivos tem indicações de tempo, em vez de preposições tem posposições. O basco tem o radical do verbo depois do tópico, e uma espécie de auxiliar no fim da frase, que indica tempo, modo... O guarani tem pronomes pessoais que mudam para indicar a classe (conjugação) do verbo, sufixo indicando "passado" de substantivos (algo que foi alguma coisa).<br /><br />Línguas como o o finlandês são AGLUTINANTES. Coisas que dizemos com vocábuols à parte, são simples morfemas acrescentados aos radicais. Um exemplo clássico é 'em nossas casas', que seria traduzido como:<br />Taloissanne = talo (casa) + -i- (plural) + -ssa- (localização sem movimento) + -nne (referência a inclusão do enunciador e mais alguém) (casa-plural-em-nosso).<br /><br />O pior seriam línguas indígenas como as do grupo sálico (creio, em inglês "salish"), com aglutinação estrutura fonológica que parece ter séries de mais de oito consoantes sem vogal...<br /><br />Bom, entre o que o trecho citado por você chama "instrumental", o que comumente chamam aqui instrumental e o que eu digo acima vai grande diferença. Mas o que eu disse faz sentido.<br /><br />Por exemplo, para o espanhol e outras línguas românicas ou o inglês, faz sentido dar ajuda ao estudante mostrando certas regularidades e correspondências entre as línguas. Veja:<br />- orelha - oreja - oreille (aurîcula), olho - ojo - occhio (oculum);<br />- chuva - lluvia (ll = lh) - pioggia (PLuvia), chave - llave - chiave (chi = ki) (CLave);<br />- casa - chez (em casa de), cavalo - cheval, capítulo - chapitre (port / fr).<br /><br />Paro por aqui por hoje,<br /><br />alberalberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-86138048178466629022009-04-21T19:09:00.003-03:002009-07-07T10:55:30.339-03:00Sintaxe: há mais de uma maneira de ver e de indicar os constituintes imediatos![ [ [ As ] [ tribos] [ rubras ] ] [ [ fugiram ] ] ]<br /><br />Brinquemos um pouco com a estrutura de uma frase de Flávia CARONE.<br /><br />Primeiro, usando colchetes à maneira da autora:<br /> "As tribos rubras da tarde rapidamente fugiram."<br />[ As tribos rubras de a tarde ] rapidamente fugiram.<br />[ As ] tribos rubras de a tarde<br /> <span style="color:#ffffff;">As </span>tribos rubras [ de a tarde ]<br /> <span style="color:#ffffff;">As tribos rubras</span> [ de ] a tarde<br /> <span style="color:#ffffff;">As tribos rubras [ de</span>[ a ] tarde<br /><span style="color:#ffffff;">[ As ] tribos rubras de a tarde</span> [ rapidamente ] fugiram<br /><br />Proceder assim:<br />a. Procurar duas partes que se articulam (notará, intuitivamente, que se relacionam) no todo da frase e pôr entre colchetes a que parece ser marginal, com relação à outra parte (que é o núcleo).<br />b. Transcrever sem colchetes para a linha abaixo, mantendo a posição na linha, trecho ainda não analisado (correspondente a dois ou mais vocábulos formais, a duas ou mais lexias).<br />c. Prosseguir com os passos (a) e (b) até que não só haja unidades sintáticas simples (com um único vocábulo formal, uma lexia).<br /><br />O que acontece se você tentar classificar todos os constituintes na análise acima, estejam ou não entre colchetes, conforme o critério tradicional de <strong>função sintática</strong> (veja a lista de abreviaturas)?<br /><br />Agora vamos analisar a mesma frase usando colchetes de forma econômica. Uma curiosidade e um desafio para você: mostre as indicações feitas pelos colchetes em uma árvore.<br />Em colchetes:<br />[O [SN [D As ] [N tribos ] [SA [ A rubras ] ] [SP [P de ] [SN [D a ] [N tarde ] ] ] ] [SV [SAdv [Adv rapidamente ] ] [V fugiram ] ] ]<br /><br />Quer traçar a árvore? Siga as instruções.<br />a. A cada colchete de abertura "[" corresponde um <strong>nódulo</strong> de onde parte tantas <strong>linhas inclinadas</strong> ou <strong>vertical</strong> (se for só uma), sendo uma para cada dupla de colchetes contida imediatamente depois do colchete de onde você parte.<br />b. Logo depois do colchete de abertura que não será esgalhado (que não contém outros), vem a própria <strong>expressão</strong> da frase.<br />c. Há colchete de fechamento "]" quando se chega ao fim, para baixo, ou seja, logo depois de expressão da frase transcrita.<br />d. Logo depois de cada colchete de abertura podem vir <strong>rótulos</strong> que indicam as classificações conforme <strong>categoria estrutural</strong> (SN, N, D...) e <strong>função sintática</strong> (Su, Nu, AN...).alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-27462153988180810682009-04-20T20:56:00.002-03:002009-04-20T21:36:16.992-03:00Informações possiveis numa "descrição estrutural"Um enunciado possível de questão sobre frases é:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Indique a </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">estrutura</span><span style="font-style: italic;"> da frase abaixo</span><br /><span style="font-style: italic;">através de um </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">gráfico arbóreo</span><span style="font-style: italic;">,</span><br /><span style="font-style: italic;">mostrando </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">constituintes imediatos</span><span style="font-style: italic;">,</span><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">categorias estruturais</span><span style="font-style: italic;"> e</span><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">funções sintáticas</span>.<br /><br />Frase: 'O rio Jaguaribe parte do centro do estado.'<br /><br />Experimente pôr em seu gráfico ora uma ou duas dessas coisas pedidas, ora todas.<br /><br />O se chama estrutura <span style="font-weight: bold;">acima</span> é a "rede de relações", o conjunto de conexões entre unidades sintáticas, quer formam unidades maiores; entre unidades maiores que vocábulo, para formar unidades cada vez maiores.<br /><br />Note que há na frase acima 10 unidades, que podem ser numeradas para mostrar a ORDEM LINEAR. Essa ordem acontece por exigência da LINEARIDADE, que existe por causa da fonologia. Cada fonema é sentido como vindo depois de outro; cada grupo de fonemas (palavra, por exemplo) também vem depois de outro grupo de fonemas.<br />Entretanto, frases são SINTAGMAS. Quando produzimos e interpretamos frases, percebemos suas ORDENS ESTRUTURAIS. Um unidade conecta-se com outra, formando outra unidade maior. Grupos de unidades maiores conectam-se com outros grupos, para formar grupos cada vez maiores.alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-83691382354649239322009-04-14T20:54:00.004-03:002009-04-14T21:18:06.990-03:00LPVocábulo, (sub)classe, (sub)categoria<span style="font-size:130%;">Leiamos o que disse o poeta-filósofo Fernando Pessoa.</span><br /><b><span style="color: rgb(0, 132, 0);"><br /></span></b><span style="font-weight: bold; color: rgb(153, 51, 153);font-size:180%;" >"Dividiu Aristóteles a poesia em lírica, elegíaca, épica e dramática. Como todas as classificações bem pensadas, é esta útil e clara; como todas as classificações, é falsa. Os géneros não se separam com tanta facilidade íntima, e, se analisarmos bem aquilo de que se compõem, verificaremos que da poesia lírica à dramática há uma gradação contínua."</span><span style="font-weight: bold; color: rgb(153, 51, 153);font-size:180%;" ><br /></span><br /><span style="font-size:130%;">(Fernando Pessoa, Os heterônimos e os graus de lirismo, s/d, PESSOA, Fernando. <i>Obras em prosa</i>. Rio: Nova Aguilar, 1986.)<br /><br />Decida se você quer ser um profissional de uma profissão chata, que paga mal, que exige de você o cumprimento de um programa conforme o "livro do professor", ou se vai começar a pensar, e vai pensar com a maior liberdade possível, embora, ao tente ajudar a construir conhecimento, filtre o que você diz para que saia o que parece funcional em sua turma.<br /><br />Proponha classificações para:<br /><br />. 'não',<br />. 'antes',<br />. 'vivamente',<br />. 'infelizmente',<br />. 'somente',<br />. 'assim'<br />. 'nem',<br />. 'e',<br />. 'também',<br />. 'de vez'<br />. 'até' e<br />. 'eis".<br /><br />Procure em textos reais frases com esses vocábulos (pegue bons contos, boas crônicas na Internete, use o localizador CONTROL F, copie com contexto frasal), e tente classificá-los, utilizando critérios tradicionais, de Mattoso Camara, de outras fontes.</span>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-85057149531989227672009-04-13T11:53:00.005-03:002009-04-13T21:36:18.579-03:00LPFrase: Analisar sem interpretar?<span style="font-size:100%;">Antes de entrar propriamente no assunto desta mensagem, recapitulemos alguns conceitos.</span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic;"><span style="color: rgb(0, 102, 0);">Um</span><br />Classe (categoria) estrutural... </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">interna</span><span style="font-style: italic;">, função (papel) formal, sintática... </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">externa</span><span style="font-style: italic;">.</span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;">Você vê Orozimbo (momim legal, né?) na rua, olha e pensa "é um rapaz".<br /><br />Quando escobre que ele, que coincidência, está sentado há três carteiras de você na aula de Italiano, pensa "é meu colega!". Nessa aula, o professor verá Orozimbo como "aluno". Em outros "sintagmas", ao longo do dia, o tal indivíduo será visto como "pai", "atendente", etc. conforme o contexto </span><span style="font-weight: bold;font-size:100%;" >e suas relações com as outras unidades com as quais tem conexão</span><span style="font-size:100%;">.<br /><br />Você nota, de fato CLASSIFICA alguém como <span style="font-weight: bold;">rapaz</span> ou <span style="font-weight: bold;">moça</span> pelo que vê DENTRO do objeto classificado, por suas propriedades INTERNAS. Nota, classifica como <span style="font-weight: bold;">namorado</span>, <span style="font-weight: bold;">aluno</span>, <span style="font-weight: bold;">atendente</span> pelos papéis que desempenha com relação a outras unidades, em cada estrutura, percebidos como relevantes em certo momento.<br /><br />Por isso, se lhe pergunto qual é a função sintática de "<span style="font-style: italic;">vasos de cerâmica marajoara</span>", o que você deveria responder?<br /></span><span style="font-size:100%;">Primeiro pense, espere um pouco, só depois tente decifrar a resposta, obedecendo à instrução.</span><br /><span style="font-size:100%;">(<span style="font-size:78%;">Pressione o ratinho e passe selecionando as linhas entre os asteriscos, abaixo</span>)<br /><span style="font-size:130%;"><span style="font-weight: bold;">*</span></span><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Você não pode responder! Pode até dizer a função de "de cerâmica" COM RELAÇÃO ao núcleo "vasos", mas não se diz a que outra unidade, numa oração, está conectada "vasos de cerâmica marajoara". Construa oração na qual esse SINTAGMA NOMINAL funcione de várias maneiras, funções sintáticas.</span><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >*<br /></span></span><span style="font-size:100%;">Se errou, volte e releia acima.</span><span style="font-size:100%;"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" ><br /></span></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><span style="font-size:130%;"><br /><span style="color: rgb(0, 102, 0); font-style: italic;">Dois</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-style: italic;">Classificar categorias estruturais e funções, com base em quê?</span></span><br /><br />Observe a frase:<br /><ul><li>Os pãezinhos árabes comeram todos os fiéis, dividindo-os com as mãos.</li></ul>Vamos analisar, de forma "tradicional pensada"?<br /><br />Para começar, vamos marcar com uma sublinha os verbos, pensar sobre:<br />(<span style="font-weight: bold;">a</span>) que <span style="font-weight: bold;">complementos</span> (sujeitos, objetos diretos e indiretos, outros complementos, inerentes ao sentido do verbo na frase em questão) eles pedem, conforme seus significados e nossa experiência;<br />(<span style="font-weight: bold;">b</span>) que <span style="font-weight: bold;">adjuntos</span> podem estar na frase, ligados também ao verbo, do ponto de vista tradicional ou de seguidores de Tesnière.<br />Para os verbos da frase, poderia ser:<br /><br />[1, SN:Su___________] comer [2, SN:OD___________] (Av_________) (Av_______)...<br /><br />[1, SN:Su___________] dividir [2, SN:OD___________] (Av_________) (Av_______)...<br /><br />Teríamos algo assim:<br /><span style="color: rgb(51, 51, 255); font-style: italic;">[</span><span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">1, SN:Su</span> "todos os fiéis"<span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">]</span> <u>comiam</u> <span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">[2, SN:OD</span> "os pãezinhos árabes"<span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">]</span> <span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">(Or:Av </span>"dividindo-os com as mãos"<span style="color: rgb(102, 0, 204); font-style: italic;">)</span><br />De fato, o SN1:Su (= Categoria estrutural Sintagma Nominal, com função sintática de Sujeito) não era "os pãezinhos árabes", que na enunciação original vinha antes do verbo, mas "todos os fiéis". E você pode estar-se perguntando porque se está dizendo que a expressão da categoria estrutural Sintagma Nominal tem a função de adjunto adverbial. Tradicionalmente, a classificação de "dividindo-os com as mãos" seria, explicando cada termo, <span style="font-style: italic; color: rgb(102, 0, 204);">OSAvTemp-RG</span>:<br /><ul><li>Oração (unidade construída em torno de verbo);</li><li>Subordinada (fica "dentro" de outra oração, é membro de outra oração);</li><li>Adverbial (comporta-se não como substantivo ou como adjetivo, mas com advérbio);</li><li>Temporal (e isto será comentado especialmente no trecho miúdo, abaixo).</li><li>Reduzida de Gerúndio: em vez de vir introduzida por conjunção e com verbo em forma finita, conjugado, indicando tempo, modo, aspecto, pessoa e número, recebeu apenas a terminação "-ndo", dita de gerúndio.</li></ul><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;">Talvez você tenha sentido que a oração "dividindo-os com as mãos" parece "de modo", indicando a maneira como comiam. A mim também parece isso, mas na Nomenclatura Gramatical Brasileira, que regulamenta provas e concursos, esse termo não existe. Por isso, o jeito dados pela maior parte dos gramáticos (mas criticado por outros, como Bechara e Luft) é considerar que orações assim equivalem a:</span><br /><span style="font-size:85%;">'enquanto os divida com as mãos' ou 'quando os dividia com as mãos', sendo, portanto, <span style="font-style: italic;">temporais</span>.</span><br /><span style="font-size:85%;">Para arrematar, lembramos-lhe que essas classificações como "adversativa", "conclusiva", "temporais", "condicionais" etc., aplicadas às orações, não nasceram de critérios sintáticos, mas de critérios semânticos.</span><br /><br />Chamamos sua atenção para a consideração de COMPLEMENTOS e ADJUNTOS.<br />Vai voltar a ver isso na chamada "teoria", ou "gramática" de <span style="font-weight: bold;">valência</span>.<br />Os dois verbos acima são <span style="font-weight: bold;">bivalentes</span>, têm <span style="font-weight: bold;">valência dois</span> (para 'dividir', isso pode ser modificado), isto é, precisam de dois <span style="font-weight: bold;">complementos</span> (ou <span style="font-weight: bold;">actantes</span>) que são inerentes ao seu significado, preenchem suas <span style="font-weight: bold;">casas</span>, seus <span style="font-weight: bold;">lugares</span>, seus <span style="font-weight: bold;">argumentos</span>. Em toda ação de comer, na forma como simbolizamos o mundo com a língua portuguesa, envolve alguém que pratica a ação de comer, envolve o alimento.<br />Já as noções de lugar, tempo, causa e outras aplicam-se a muitas descrições do mundo, sem serem inerentes aos significados dos núcleos. As unidades contendo essas informações são <span style="font-weight: bold;">adjuntos</span> (<span style="font-weight: bold;">circunstantes</span>). Note que ter significado de lugar ou tempo é uma coisa, ser inerente ao sentido do verbo é outra. Nas frases abaixo, as expressões entre colchetes são <span style="font-weight: bold;">complementos</span>, <span style="font-weight: bold;">actantes</span>, preenchem <span style="font-weight: bold;">argumentos</span>, embora signifiquem tempo ou lugar:<br /><ul><li>As comemorações duraram [ <span style="font-style: italic;">de abril a junho</span> ].</li><li>Aquele político mora [ <span style="font-style: italic;">perto do Cambeba</span> ], mas vai todos os dias [ <span style="font-style: italic;">à zona oeste da cidade</span> ].<br /></li></ul><br /></div><span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 102, 0);">Três</span><br /><span style="font-style: italic;">À análise, finalmente </span></span><br /><br />Agora vamos retomar a análise. Primeiro, mostrando as unidades Período e Oração. Depois, levando as divisões e classificações até a menor unidade sintática. <span style="font-size:85%;">Antes, pusemos a frase na chamada "ordem direta".</span><br /><br />Os pãezinhos árabes comeram todos os fiéis, dividindo-os com as mãos.<br /><span style="color: rgb(102, 0, 204);">Período composto por subordinação.</span><br />/ <span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span>Todos os fiéis comeram os pãezinhos árabes, <span style="color: rgb(102, 0, 204);">OP</span><br />/ <span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span>dividindo-os com as mãos.<span style="color: rgb(102, 0, 204);"> </span><span style="color: rgb(102, 0, 204);">OSAvTemp</span><br /><br />PRIMEIRA ORAÇÃO<br />[ Todos os fiéis <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SN:Su</span>] comeram os pãezinhos árabes,<br />[ Todos <span style="color: rgb(102, 0, 204);">Indef:AN</span> ] os fiéis<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos</span>[os <span style="color: rgb(102, 0, 204);">Det:AN <span style="color: rgb(0, 0, 0);">]</span> </span>fiéis<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos[os </span><span style="color: rgb(102, 0, 204);"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">Det:AN ]</span> </span>fiéis [<span style="color: rgb(102, 0, 204);">N:Nu</span>]<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su]</span> comeram os pãezinhos árabes [<span style="color: rgb(102, 0, 204);">SV:Pd verbal</span>]<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su]</span> comeram [ os pãezinhos árabes <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SN:OD</span>]<span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span><br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su] comeram</span> [ os <span style="color: rgb(102, 0, 204);">Det:AN </span>] pãezinhos árabes <span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span><span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span>]<br /><span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su] comeram [ os Det:AN ]</span> pãezinhos [ árabes <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SA:AN</span> ]<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su] comeram [ os Det:AN ]</span> pãezinhos [ <span style="color: rgb(102, 0, 204);">N:Nu</span><span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span> <span style="color: rgb(102, 0, 204);">(do SN:OD)</span>]<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ Todos os fiéis SN:Su]</span> comeram [ <span style="color: rgb(102, 0, 204);">V:Nu (do Pd) </span>]<span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span><br /><br />SEGUNDA ORAÇÃO<br />Vamos deixar pormenores para a discussão com os interessados. Mostramos aqui apenas os dois complementos e o adjunto.<br />[ VAZIO <span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;">i</span> <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SN:Su </span>] dividindo-os com as mãos (<span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;">i</span> = "todos os fiéis", "sujeito oculto" )<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ VAZIO </span><span style="color: rgb(255, 255, 255); font-weight: bold;">i</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> SN:Su ] </span>dividindo- [ os <span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;">j</span> <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SN:OD</span><span style="color: rgb(102, 0, 204);"> </span>]<span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;"></span> (<span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;">j</span> = "os pãezinhos árabes")<br /><span style="color: rgb(255, 255, 255);"></span><span style="color: rgb(255, 255, 255); font-weight: bold;"></span><span style="color: rgb(255, 255, 255);">[ VAZIO </span><span style="color: rgb(255, 255, 255); font-weight: bold;">i</span><span style="color: rgb(255, 255, 255);"> SN:Su ]</span> dividindo-os ( com as mãos <span style="color: rgb(102, 0, 204);">SP:AV</span><span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span>)<span style="color: rgb(204, 0, 0); font-weight: bold;"></span><br /><br />Para lembrar, isto foi uma das formas de fazer análise em CONSTITUINTES IMEDIATOS, aplicando às unidades etiquetas de CATEGORIA ESTRUTURAL e FUNÇÃO SINTÁTICA.<br /><br />É claro que tem erro aí, não tive(mos) tempo de revisar, por isso é que é pouco confiável essa coisa posta em blogue! Qualquer um faz.<br /><br /><span style="color: rgb(102, 0, 204);"></span>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-41499161506375174692009-04-01T08:26:00.004-03:002009-04-01T09:05:28.001-03:00LPVocábulo, 2009-1, turma C, atividade para a sexta-feira do congresso (3 de abril)<span class="chapeu">Pessoal, para não ficarmos só com a metade do trabalho do semestre, proponho estas atividades.<br /><br /><span style="color: rgb(0, 102, 0); font-weight: bold;">Primeira</span><br />Leiam e copiem o texto de Zeca Baleiro "Entretantos e finalmentes", na seção <span style="font-style: italic;">Última palavra</span></span> da revista <span style="font-style: italic;">Isto É</span>, disponível no sítio:<br />http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2051/artigo127061-1.htm<br /><br />Escrevam, em 25 a 35 linhas, comentário sobre a classificação das palavras desse texto. Fundamente suas afirmações em pontos do texto de Zeca Baleiro e em afirmações das gramáticas ou livros do ensino médio.<br /><br /><span style="color: rgb(0, 102, 0); font-weight: bold;">Segunda</span><br />Ainda com base no exame do texto, anotem suas observações sobre o seguinte: até que pondo as subclasses das classes de palavras tradicionalmente consideradas poderiam estar em outras classes ou ser classes autônomas? Até que ponto poderiam as classes ser subclasses de outras classes, diferentes das que as contém hoje? Pense sempre nos critérios, nas razões para o que afirmam.<br />Proponho o uso das abreviaturas Sb, Ar, Aj, Nm, Pn, Vb, Av, Pp, Cj, Ij e PD ("palavras denotativas").alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-54875435920327616382009-04-01T07:55:00.003-03:002009-04-01T08:21:22.732-03:00LPFrase 2009-1 A, B, C - Atividade do congresso da sexta-feira 3 de abrilComo combinamos, uma vez que, neste semestre, fica só a metade das aulas em classe, pois o resto é de encontro (ou congresso, reunião, semana de x), feriado, imprensado, não podemos contar só com o que é presencial.<br /><br />Já vimos quanto há para discutir num simples trecho como o parágrafo abaixo, de "Uns braços", conto de Machado de Assis escrito em norma padrão e sem as dificuldades que poderiam surgir nos romances do mesmo autor. Dou uma mãozinha no que você vêm tentando fazer, aplicando um pequeno questionário. Lembro que estão nos vínculos ("links") aí à direita:<br />. o conto completo e<br />. tabela com a terminologia tradicional (nela, os itens marcados por "*" são "modernos"), bem como abreviaturas sugeridas.<br />Esses dois itens e alguns textos outros estão também na fotocopiadora da Biblioteca.<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 102, 0);">TRECHO</span><br />"Não digo que ficou em paz com os meninos, porque o nosso Inácio não era propriamente menino. Tinha quinze anos feitos e bem feitos. Cabeça inculta, mas bela, olhos de rapaz que sonha, que adivinha, que indaga, que quer saber e não acaba de saber nada. Tudo isso posto sobre um corpo não destituído de graça, ainda que mal vestido. O pai é barbeiro na Cidade Nova, e pô-lo de agente, escrevente, ou que quer que era, do solicitador Borges, com esperança de vê-lo no foro, porque lhe parecia que os procuradores de causas ganhavam muito. Passava-se isto na Rua da Lapa, em 1870."<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 102, 0);">PERGUNTAS</span><br />Leia a frase a seguir e faça o que é solicitado:<br /><br />"O pai é barbeiro na Cidade Nova, e pô-lo de agente, escrevente, ou que quer que era, do solicitador Borges, com esperança de vê-lo no foro, porque lhe parecia que os procuradores de causas ganhavam muito."<br /><br />1. Aplique à frase (um período com quantas orações?) a técnica de partir de um núcleo e localizar todos os dependentes (complementos e adjuntos) que com ele estão conectados. Faça isso sucessivamente: tome para análise cada uma das unidades dependentes, para nelas descobrir núcleos e dependentes... até que não reste unidade observável no nível sintático (ou seja, uma lexia, um vocábulo formal).<br />2. Classifique as unidades encontradas conforme o critério "função sintática" tradicional, apondo-lhes rótulos (etiquetas), valendo-se das abreviaturas sugeridas na tabela que fizemos.<br />3. Relate as dificuldades, as dúvidas que restaram, o que lhe parece incoerente na terminologia. Seu relato não deve ser genérico, vazio, só para inglês ver ("Bem complexa é a análise tradicional, mas compensa esse estudo..."). Deve falar das dificuldades que você realmente encontrou, indicando concretamente onde estão na frase essas dificuldades.<br />4. No relato, informe também o que dizem a respeito as gramáticas e manuais consultados, que devem figurar em referencial bibliográfico a ser informado.alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-11619231379778920832008-08-22T19:47:00.007-03:002008-08-22T20:50:05.080-03:00LP-Vocábulo, em 22 de agostoTAREFA<br /><br />1. Tente classificar (ou subclassificar) os vocábulos do texto distribuído (sobre Wittgenstein), por exemplo, como Substantivo ou Conjunção (ou C. coordenativa, advérbio de modo), procurando ater-se a como elas deveria figurar num dicionário.<br />2. Verifique até que ponto as classes correspondem ao que dizem as gramáticas.<br />3. Pense no que norteia as definições e as classificações das classes, quanto aos níveis de análise e aos critérios exatos.<br /><br />Problema técnico impediu que fossem deixados vínculos aqui para dois textos prometidos. Procure na fotocopiadora da Biblioteca a partir de terça-feira de manhã dois textos sobre classificação tradicional dos vocábulos, de:<br />. LIMA, Claudete, e;<br />. NEVES, Maria Helela Moura. <br />. ROCHA, Luiz Carlos de A.<br /><br />Quanto ao CAMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa, cuja aquisição recomendamos, custa na livraria Lua Nova (av. 13 de maio, em frente uma das entradas do Shopping Bemfica) Cr$ 26,40 (pode ter 10% de redução, se for comprado em quantidade).alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-22481270613878540762008-07-30T16:27:00.003-03:002008-07-30T17:24:36.710-03:00Ensino sobre a língua e o discursoComo deve ser o ensino sobre a língua e o discurso? O que deve ser ensinado, a que tipo de aprendiz ou aprendente, com base em que material, recorrendo aos ensinamentos de que autores, de que tendências e teorias?<br /><br />Imagine que o professor "adote" uma obra entre:<br />. Gramáticas tradicionais como as de Evanildo BECHARA (a <span style="font-style:italic;">Escolar</span> moderna e a <span style="font-style:italic;">Moderna</span> moderna), de Celso CUNHA (em qualquer uma de suas edições, com ou sem ), Celso Pedro LUFT (classicamente, a <span style="font-style:italic;">Resumida</span> e a <span style="font-style:italic;">Moderna</span>, ambas despretenciosas, mas nunca descartáveis), ROCHA LIMA e sua <span style="font-style:italic;">Gramática Normativa</span>, não tão normativa quanto as de SACCONI;<br />. Mário PERINI e a Gramática descritiva do português, de um formalismo atrevido, anti-tradicional;<br />. Ingedore KOCH, com <span style="font-style:italic;">Lingüística aplicada ao português: Sintaxe</span>, que traz ensinamentos do Gerativismo até 1965 (e houve desenvolvimentos dessa(s) teoria(s) nos anos de 1970, 1980, 1990...);<br />. Flávia CARONE, em <span style="font-style:italic;">Morfossintaxe</span>, que se apóia basicamente em Lucien TESNIÈRE e em sua teoria Dependencial;<br />. Francisco da Silva BORBA e Uma gramática de valências para o português (em hipótese alguma o item "valência" corresponde a uma "gramática" toda, no sentido de outras aqui citadas);<br />. Maria Helena de Moura NEVES, e sua <span style="font-style:italic;">Gramática funcional</span>, apresentadora de Simon DIK e MAK HALLIDAY, entre outros,<br /><br />Em cada caso, pode vir a examinar objetos de estudo, procedimentos, concepções e conceitos completamente diferentes e mutuamente excludentes.<br /><br />Acho que compreendo melhor agora, depois das "férias" de julho de 2008, por que cheguei a um estado tão nulo de aprendizado em conhecimento da frase, depois de tentar ser sinceramente indeciso com meus alunos nos últimos semestres... Essa compreensão foi apressada ao ler sobre "Jogo de linguagem e psicologia filosófica", na revista Mente & Cérebro (n. 9, a referência é confusa, tem o rosto de Wittgenstein na capa) que Wittgenstein "critica todas as explicações disponíveis de memória, e não propõe outra" (p. 29), talvez por causa da radicalização de idéia presente já em sua primeira obra, o <span style="font-style:italic;">Tractatus logicus filosoficus</span>:<br /><br />"(...) À filosofia não cabe 'explicar' nada (isso cabe às ciências); o alvo da filosofia não é nos fazer conhecer algo que desconhecíamos, mas perceber melhor o que sempre esteve diante de nós." (<span style="font-style:italic;">id., ib.</span>)<br /><br />Vamos buscar a coerência quanto a em que momentos estamos investigando, em que momentos estamos estudando e apreandendo o mínimo útil para o trabalho, a melhoria do conhecimento da língua nas escolas em que trabalharão.alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-32968654.post-1155935084772616592006-08-18T18:00:00.000-03:002006-08-18T19:33:47.743-03:00Primeira mensagem<div align="justify"><span style="color:#000000;">É comum excluir-se o aspecto histórico nos estudos lingüísticos, sendo as "descrições" baseadas apenas no que se considera ser de uma só "sincronia". Nesta mensagem inicial, tratamos disso, tomando o blogue como exemplo.<br />Lê-se no número 458 de Época (p. 102-103, 31/7/2006), que este instrumento de comunicação (com o nome de <em>Links.net</em>) foi criado por Justin Hall em 1994, mas o termo "weblog" vem a surgir com Jorn Barger em 1997 e é reduzido para "blog" por Peter Merholz em 1999. A palavra "log", que poderia ser traduzida como <em>registro</em>, <em>diário</em>, justaposta a "web" (mais <em>'teia' </em>que <em>'rede', </em>que traduz "net" e seria tradução também de '<em>hammock</em>', a rede de dormir), ganhou "b" do radical inicial (!), fenômeno morfológico denominado <em>desaglutinação</em>.<br />Curioso é que, como se pode ver num dicionário com etimologia (olho às vezes <em>The American Heritage Dictionary of the English Language</em>), a palavra "log", muito antes de designar, por exemplo, o registro das modificações em um programa, com indicação de datas e horas, designou um tronco de árvore retirado de seu lugar no solo, depois algo utilizado para ajudar a medir a velociade de um navio, o registro de eventos a bordo, o livro onde datas e eventos são lançados.<br />Anote as palavras que for encontrando por aí, nos textos de papel, nos noticiários de televisão, nos muros e conversas e verifique quanto pode explicar de forma útil e agradável sobre sua formação, sem fazer referência aos discursos em que surgiram, às pessoas que as utilizaram nos primeiros tempos, aos acontecimentos que serviram para representar.</span></div>alberhttp://www.blogger.com/profile/06570580052890197030noreply@blogger.com1